Buen dia Bertha,
Minha grande beatitude é ser rizoma*.
Por mais que me amputem,
Não me escutem
Ou se poupem,
Eu não.
Eu me ofereço e floresço
Vingo
Feliz
Por mais que não me queiram, não se importem, ou me importem, e até o contrário, me exportem.
Não ouça eu, bom dia ou boa noite, de outra voz que não a minha; não tenha beijo ou abraço que não seja meu a mim.
Eu me quero, me importo
Me regozijo em mim
Me apoio em diminutos pontos de contato com a realidade.
Sou um híbrido de centopéia e saci-pererê
Cresço por todos os lados
Respiro pela pele
Me alimento da existência
Levo na’lma
Lençóis frenéticos de amor para todos os tempos.
Christiane Ganzo.
À Bertha Ganzo, que se casou em primeira núpcia aos 81 anos com um de seus primeiros amores da alma, e que existiu e resistiu sempre com um vigor a me brilhar os olhos e surpreender o coração.
Agorinha é domingo, e passeia em meus olhos e no rio uma embarcação amarela, e já outra, e muitas.
É final de julho.
2007 se apresenta sem fim, e se desdobra sobre si, numa finitude precisa e colorida, um presente desse deus panteísta, que nos acarinha por todos capilares de seiva e vida.
*Rizoma é aquela plantinha que não tem raiz nem caule unidirecional. Típicas das areias das praias, se apóiam sobre as escaldantes areias, e se espalham em todas as direções...
terça-feira, 21 de agosto de 2007
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show
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